Datas Sagradas da Tradição Tibetana (Outubro)

Existem várias celebrações e atividades budistas notáveis nos próximos dias, especialmente no mês de outubro.

Aqui estão algumas das principais atividades e datas sagradas que você pode encontrar, focadas nas tradições Budista Kadampa (moderna) e Tibetana (Vajrayana), bem como em eventos específicos no Brasil.

1. Eventos e Festivais Internacionais

O destaque internacional é o Festival Internacional de Outono (Kadampa), que inclui ensinamentos profundos e uma iniciação.

Festival de Outono - Iniciação de Dorje Shugden (Kadampa)

Data: 3 a 9 de outubro.

O que é: Um grande encontro com ensinamentos, meditações e a Iniciação de Dorje Shugden e Desenvolvimento da Fé. Este é um evento internacional, mas geralmente é transmitido online ou realizado em Centros Kadampa locais.

2. Datas Sagradas da Tradição Tibetana (Outubro)

No Budismo Tibetano, existem datas mensais recorrentes consideradas especiais para a prática espiritual:

Guru Rinpoche (1º de outubro): O dia da manifestação de Padmasambhava, reverenciado como o segundo Buda e figura fundamental na introdução do Budismo no Tibete.

Amitaba (7 de outubro): Dia dedicado a Amitaba, o Buda da Luz Ilimitada.

Tara (13 e 29 de outubro): Dias dedicados à Tara, a deidade feminina da compaixão e da ação iluminada, muito popular para a remoção de obstáculos e realização de desejos.

Dakini (15 de outubro): Dia dedicado às Dakinis, seres femininos de sabedoria e energia.

Protetores (20 de outubro): Dia de práticas de oferendas e súplicas aos Protetores do Darma.

Akshobia e Vajrasatva (21 de outubro): Dia dedicado a Akshobia e Vajrasatva, práticas de purificação.

Guru Rinpoche (31 de outubro): Segunda data mensal dedicada a Guru Rinpoche.


Atividades no Brasil (Exemplos Locais)

Muitos centros e templos budistas no Brasil têm atividades regulares de meditação, palestras e retiros:

Templo Zu Lai (Cotia/SP)

5 de outubro: Palestra: O Humor do Chan.

12 de outubro: Palestra: Cultivando o Mérito e a Sabedoria, e Cerimônia do Buda da Medicina.

O templo também oferece rotineiramente palestras aos sábados e domingos e um Encontro de Darma.

Centro de Meditação Kadampa Campinas (e outras filiais)

9 e 23 de outubro: Atividades regulares como "Meditação na hora do almoço", a prece "Joia que satisfaz os desejos" e aulas de meditação focadas em ensinamentos como "Transformando a raiva e a mágoa em poder espiritual".

12 e 26 de outubro: "Preces pela Paz Mundial" (prática semanal).

Templo Taikanji (São Paulo)

25 a 26 de outubro: Retiro de Meditação e Silêncio (Zazen, Samu, alimentação vegetariana).

CEBB (Centros de Estudos Budistas Bodisatva - Várias Cidades)

Diversos estudos de aprofundamento, palestras e retiros em outubro, como estudos sobre "Conselhos para vida e morte lúcidas" e retiros sobre "Os cinco elementos e o processo de cura" em várias unidades no Sul e Sudeste do Brasil.

Para participar de qualquer um desses eventos ou práticas, especialmente retiros e palestras locais, é sempre bom verificar diretamente o site do centro ou templo budista de sua preferência para confirmar horários e necessidade de inscrição.

O ultimo Dalai Lama, o 14º Dalai Lama Tenzin Gyatso responde???



 A novidade mais significativa e que tem gerado grande repercussão no budismo tibetano é o anúncio do 14º Dalai Lama, Tenzin Gyatso, sobre sua sucessão. Completando 90 anos, ele confirmou que a instituição do Dalai Lama continuará, colocando fim a anos de especulação de que ele poderia ser o último.

Este anúncio é de extrema importância por diversas razões:

Reafirmação da tradição: O Dalai Lama assegurou que seu sucessor será encontrado de acordo com os rituais e tradições do budismo tibetano.

Conflito geopolítico: A questão da sucessão é um ponto de atrito com a China, que anexou o Tibete e tenta influenciar a escolha do novo líder. O governo chinês insiste que a reencarnação deve ser aprovada por Pequim.

Sucessor fora da China: Em seu pronunciamento, o Dalai Lama indicou que seu sucessor nascerá em um "mundo livre", rejeitando qualquer interferência chinesa e sugerindo que ele não será encontrado dentro das fronteiras da China. Isso representa um desafio direto à autoridade de Pequim sobre as questões religiosas tibetanas.

Além desse tema central, outras notícias e desenvolvimentos no budismo tibetano incluem:

Eventos e turnês culturais: A turnê das Artes Místicas Tibetanas, com palestras e apresentações de monges, tem levado os ensinamentos e a cultura tibetana para diversas partes do mundo.

Traduções e publicações: Livros clássicos e ensinamentos importantes do budismo tibetano estão sendo traduzidos para o português e outras línguas, facilitando o acesso para estudantes e praticantes em diferentes países, inclusive no Brasil.

Iniciativas online: O budismo tibetano tem se adaptado à era digital, com centros de estudo e retiros oferecendo atividades online, como palestras sobre meditação e ensinamentos.

A questão da sucessão, no entanto, permanece como o tópico mais urgente e com maior impacto global para a comunidade budista tibetana no momento. A disputa entre o Dalai Lama no exílio e o governo chinês pelo controle da próxima reencarnação definirá o futuro da liderança espiritual e política do Tibete.

Astrologia Tibetana, origem, características distintas e diferenças das outras astrologias.

 








Sim, os tibetanos têm um sistema de astrologia próprio que é bastante complexo e não se alinha diretamente com o zodíaco ocidental. A astrologia tibetana, conhecida como "Tsi", é uma mistura de influências da astrologia chinesa e da astrologia indiana (védica), mas com uma base e uma interpretação únicas enraizadas no budismo tibetano, especialmente no Tantra de Kalachakra.


Principais características da Astrologia Tibetana:

Influência Chinesa: A astrologia tibetana incorpora o ciclo de 12 animais do zodíaco chinês (Rato, Boi, Tigre, etc.) e os Cinco Elementos (Madeira, Fogo, Terra, Metal, Água) da cosmologia chinesa. O calendário tibetano, assim como o chinês, é lunissolar.

Influência Indiana (Védica): Também há elementos da astrologia indiana, principalmente no que diz respeito aos cálculos astronômicos (efemérides) e ao uso do Zodíaco Sideral (baseado nas constelações fixas), em contraste com o Zodíaco Tropical ocidental (baseado nos pontos equinociais e solsticiais). Isso significa que as datas dos signos podem ser diferentes em comparação com o horóscopo ocidental.

Base Budista: O que torna a astrologia tibetana única é sua forte conexão com o budismo. Ela não é vista como uma mera superstição, mas sim como uma ferramenta prática para entender e curar o corpo e a mente em diferentes níveis. As características dos signos animais são frequentemente associadas a divindades budistas e a qualidades iluminadas.

Propósito Espiritual: A astrologia tibetana é usada para guiar decisões importantes na vida, prever eventos, entender o carma e até mesmo determinar dias auspiciosos para práticas espirituais. Ela oferece métodos para superar influências negativas e purificar o carma.

Em resumo, enquanto o zodíaco ocidental se concentra em 12 signos baseados em setores de 30 graus do caminho orbital do Sol, a astrologia tibetana é um sistema mais abrangente que integra tradições orientais e tem um forte componente espiritual e budista.

O que representa cada animal deste zodíaco:


 No Zodíaco Tibetano, cada um dos 12 animais tem características e simbolismos específicos, muitas vezes ligados aos Cinco Elementos (Madeira, Fogo, Terra, Metal e Água). Embora existam variações e interpretações mais profundas, aqui está uma visão geral do que cada animal representa:


Os 12 Animais do Zodíaco Tibetano

Rato: Representa inteligência, adaptabilidade e charme. Pessoas nascidas sob este signo são vistas como espertas, sociáveis e com boa capacidade de se ajustar a diferentes situações.

Boi: Simboliza diligência, força e determinação. Pessoas do signo do Boi são geralmente vistas como pacientes, confiáveis e trabalhadoras.

Tigre: Representa coragem, liderança e paixão. São vistos como ousados, dinâmicos e com uma forte presença.

Coelho: Simboliza sensibilidade, gentileza e sorte. Pessoas nascidas neste ano são consideradas amáveis, cautelosas e com uma natureza pacífica.

Dragão: Representa poder, carisma e sorte. É um dos signos mais auspiciosos, associado a pessoas influentes, ambiciosas e com grande vitalidade.

Cobra: Simboliza sabedoria, intuição e mistério. Pessoas da Cobra são geralmente vistas como profundas, perspicazes e com uma natureza mais reservada.

Cavalo: Representa energia, liberdade e paixão. São considerados ativos, independentes e amantes da aventura.

Cabra (ou Carneiro/Ovelha): Simboliza criatividade, paz e compaixão. Pessoas deste signo são vistas como artísticas, gentis e que valorizam a harmonia.

Macaco: Representa inteligência, curiosidade e astúcia. São considerados versáteis, inovadores e com um bom senso de humor.

Galo: Simboliza observação, autoconfiança e organização. Pessoas do Galo são geralmente vistas como atentas aos detalhes, pontuais e com um forte senso de dever.

Cão: Representa lealdade, honestidade e proteção. São considerados fiéis, justos e com um grande senso de responsabilidade.

Porco: Simboliza generosidade, honestidade e prosperidade. Pessoas nascidas neste ano são vistas como bondosas, sinceras e que buscam o bem-estar.


Além dessas características gerais, o signo do animal de nascimento é combinado com um dos Cinco Elementos (Madeira, Fogo, Terra, Metal e Água), que se alternam a cada ano. Essa combinação cria 60 variações possíveis (12 animais x 5 elementos), tornando a análise astrológica tibetana muito mais detalhada e personalizada.

Os 5 elementos: Madeira, Fogo, Terra, Ferro e Água.

Cada elemento influencia as características do animal de maneiras distintas. Por exemplo:

Madeira: Simboliza crescimento, flexibilidade e força. Pessoas nascidas sob este elemento tendem a ser criativas e estáveis.

Fogo: Representa energia, coragem e liderança. Indivíduos com este elemento são frequentemente apaixonados e entusiastas.

Terra: Significa estabilidade, persistência e praticidade. Pessoas deste elemento são organizadas, confiáveis e trabalhadoras.

Ferro: Associado à ambição, competição e independência. Indivíduos com este elemento são disciplinados e focados.

Água: Representa comunicação, observação e adaptabilidade. Pessoas com este elemento são comunicativas e aproveitam oportunidades.

O ciclo de 60 anos garante que cada combinação de animal e elemento ocorra apenas uma vez a cada 60 anos, criando uma tapeçaria rica e complexa de influências astrológicas.

Exemplo de quem é nascido no signo de Serpente:

A Serpente de Madeira: 

Combina a intuição da Serpente com a flexibilidade e criatividade da Madeira. Pessoas nascidas sob esta combinação tendem a ser mais adaptáveis, com uma mente analítica e uma habilidade natural para crescer e se desenvolver em diversas situações. Podem ser menos rígidas em suas opiniões e mais abertas a novas ideias, usando sua sabedoria de forma mais orgânica.


Serpente de Fogo:

Com o elemento Fogo, a Serpente ganha um toque de paixão e carisma. A intuição da Serpente de Fogo é mais intensa e dramática, e essas pessoas podem ser líderes natas com uma forte presença. Possuem uma mente afiada e podem ser bastante ambiciosas, usando sua sabedoria de forma mais assertiva e enérgica, mas precisam ter cuidado para não serem impulsivas.


Serpente de Terra:

A Serpente de Terra combina a profundidade da Serpente com a estabilidade, praticidade e realismo da Terra. Essas pessoas são geralmente ponderadas, confiáveis e bastante fundamentadas. Sua intuição é mais lógica e prática, e elas tendem a ser mais cautelosas e pacientes em suas decisões, buscando segurança e resultados concretos.


Serpente de Ferro (ou Metal):

Quando a Serpente encontra o Ferro, ela se torna mais decidida, ambiciosa e resiliente. A Serpente de Ferro possui uma intuição afiada e um intelecto poderoso, sendo capaz de tomar decisões firmes e rápidas. São pessoas com grande disciplina e foco, que perseguem seus objetivos com determinação, mas podem ser vistas como mais reservadas ou intransigentes.


Serpente de Água:

A Serpente de Água une a intuição natural da Serpente com a fluidez, comunicação e adaptabilidade da Água. Pessoas com essa combinação são altamente intuitivas, empáticas e flexíveis. Possuem uma grande capacidade de se adaptar a mudanças e de entender as emoções alheias. Sua sabedoria é mais sutil e profunda, e elas podem ser excelentes observadoras e conselheiras.




Reforçando os Princípios Básicos do Budismo Tibetano. Paz universal a todos.


 O budismo tibetano, também conhecido como Budismo Vajrayana, é uma forma única do budismo Mahayana que se desenvolveu no Tibete. Embora possua elementos distintos, seus princípios fundamentais são enraizados nos ensinamentos universais de Buda.


As Quatro Nobres Verdades


O cerne de todos os ensinamentos budistas, incluindo o tibetano, reside nas Quatro Nobres Verdades:

  • Dukkha (Sofrimento): A vida, em sua essência, é insatisfatória e permeada de sofrimento. Isso não se refere apenas à dor física, mas também à insatisfação, ao descontentamento e à impermanência de tudo que é agradável.
  • Samudaya (Origem do Sofrimento): A causa do sofrimento é o apego e o desejo (ou anseio) por coisas que são impermanentes, bem como a ignorância da verdadeira natureza da realidade.
  • Nirodha (Cessação do Sofrimento): É possível pôr fim ao sofrimento, alcançando o Nirvana, um estado de libertação do apego, do desejo e da ignorância.
  • Magga (Caminho para a Cessação do Sofrimento): Existe um caminho para a cessação do sofrimento, que é o Caminho Óctuplo.

O Nobre Caminho Óctuplo


Este é o guia prático para alcançar a libertação, dividido em oito aspectos interconectados:

  • Compreensão Correta: Entender as Quatro Nobres Verdades e a natureza da realidade.
  • Pensamento Correto: Cultivar pensamentos de não-violência, amor e compaixão.
  • Fala Correta: Evitar mentiras, calúnias, palavras rudes e fofocas.
  • Ação Correta: Abster-se de matar, roubar e má conduta sexual.
  • Meio de Vida Correto: Ganhar a vida de forma ética, sem prejudicar outros seres.
  • Esforço Correto: Desenvolver estados mentais positivos e eliminar os negativos.
  • Atenção Plena Correta: Estar consciente do corpo, das sensações, da mente e dos fenômenos.
  • Concentração Correta: Desenvolver a concentração através da meditação para alcançar estados de profunda tranquilidade e sabedoria.

Karma


O conceito de Karma é fundamental. Ele significa "ação" e se refere à lei de causa e efeito. Todas as nossas ações (físicas, verbais e mentais) criam impressões em nossa mente que, por sua vez, moldam nossas experiências futuras. A intenção por trás da ação é crucial para determinar seu resultado. Ações motivadas por compaixão e sabedoria geram resultados positivos, enquanto as motivadas por apego, aversão e ignorância geram sofrimento.


Renascimento (Samsara)


O budismo tibetano, como outras escolas budistas, acredita no Samsara, o ciclo contínuo de nascimento, morte e renascimento. As ações (karma) de uma vida determinam a forma da próxima existência. O objetivo final é escapar do Samsara e alcançar o Nirvana, a libertação completa do sofrimento.


Compaixão (Bodichita)


Um pilar central do budismo tibetano é o cultivo da compaixão (Karuna) e do amor benevolente (Metta). A Bodichita é a aspiração de alcançar a iluminação não apenas para si mesmo, mas para o benefício de todos os seres sencientes. Isso leva à prática da ajuda ativa e altruísta aos outros.


O Papel dos Lamas e a Linhagem


No budismo tibetano, os Lamas (professores espirituais) desempenham um papel vital. Eles são guias que transmitem os ensinamentos e a sabedoria de Buda através de linhagens ininterruptas. Muitos Lamas são reconhecidos como tulkus, ou seja, reencarnações de mestres espirituais anteriores, como o Dalai Lama. A relação com um Lama qualificado é considerada essencial para o progresso espiritual.


Meditação e Tantra


A meditação é uma prática central para desenvolver a concentração, a atenção plena e a sabedoria. O budismo tibetano também incorpora o Vajrayana, ou "Veículo do Diamante", que utiliza técnicas tântricas, como a visualização de deidades, mantras e rituais complexos, para acelerar o caminho para a iluminação.

A Agenda Pública de sua Santidade Dalai Lama.


 


A agenda pública de Sua Santidade o 14º Dalai Lama, especialmente no que tange aos próximos meses, está concentrada principalmente em Dharamsala, Himachal Pradesh, Índia.

Ele terá os seguintes eventos públicos confirmados:

  • 4 de Junho de 2025:

    • Cerimônia de Oferecimento de Longa Vida em Dharamsala, Índia. Uma oração de longa vida será oferecida a ele por ex-alunos da CST Darjeeling, a Comunidade Tibetana de Nova York e Nova Jersey (TCNYNJ) e a Fundação Tibetana Americana de Minnesota (TAFM).
  • 30 de Junho de 2025:

    • Celebração de Aniversário e Cerimônia de Oferecimento de Longa Vida em Dharamsala, Índia. Ele participará de um programa público em homenagem ao seu 90º aniversário (de acordo com o calendário tibetano) junto com uma breve cerimônia de oferecimento de longa vida organizada pelo povo de Dhomey Cholkha.
  • 5 de Julho de 2025:

    • Cerimônia de Oferecimento de Longa Vida em Dharamsala, Índia. Uma oração de longa vida será oferecida a ele pelo Kashag da Administração Central Tibetana em nome de todo o povo tibetano.
  • 6 de Julho de 2025:

    • Programa de Celebração de Aniversário em Dharamsala, Índia. Ele participará de um programa público em homenagem ao seu 90º aniversário organizado pelo Kashag da Administração Central Tibetana em nome de todo o povo tibetano.

É importante notar que as datas podem estar sujeitas a alterações, e é sempre recomendável verificar o site oficial do Escritório de Sua Santidade o Dalai Lama (dalailama.com) para as informações mais atualizadas.

Além disso, em algumas cidades do Brasil, haverá eventos e palestras organizados por centros budistas para celebrar o 90º aniversário do Dalai Lama em julho, como parte da "Turnê Artes Místicas Tibetanas 2025", que contará com a presença de monges tibetanos, mas não do próprio Dalai Lama.

Imagem: Dalailama.com

Datas importantes do calendário Lunar Tibetano.


 Comemorações importantes no calendário budista nos próximos meses, especialmente em junho e julho:

  1. Saga Dawa Düchen (11 de Junho de 2025):

    • Este é um dos dias mais sagrados no Budismo Tibetano. A data marca a lua cheia do quarto mês lunar e comemora o nascimento, a iluminação e o Parinirvana (falecimento) de Buda Shakyamuni. É considerado um "grande evento" (Düchen) e é um período de grande mérito para a prática espiritual e a realização de boas ações. Em algumas tradições, é a data equivalente ao Vesak.
  2. Aniversário de Sua Santidade o 14º Dalai Lama (6 de Julho de 2025):

    • Embora não seja um feriado universal para todas as escolas budistas, é uma data de grande importância e celebração para os budistas tibetanos e seus seguidores em todo o mundo. Este ano, o Dalai Lama completará 90 anos.
  3. Āsāḷhā Pūjā / Dhamma Day (10 de Julho de 2025):

    • Também conhecido como o Dia do Dharma, esta celebração acontece na lua cheia do oitavo mês lunar. Ela comemora o primeiro sermão de Buda após sua iluminação, no qual ele expôs as Quatro Nobres Verdades e o Nobre Caminho Óctuplo. É uma data crucial, especialmente nas tradições Theravada. No calendário tibetano, uma celebração similar para a Primeira Roda do Dharma (Chokhor Düchen) pode ocorrer em uma data ligeiramente diferente (por exemplo, 28 de julho de 2025, dependendo do calendário lunar específico).

Tibete Hoje o que melhorou depois da anexação pela China desde 1951.

 O Tibete, oficialmente conhecido como Região Autônoma do Tibete na China, continua a ser uma área de significativa complexidade política, cultural e de direitos humanos.

Em resumo, a situação atual é marcada por:

  1. Controle Chinês e Sinosização: O Tibete está sob forte controle do governo chinês desde a anexação em 1951. A China tem implementado políticas de "sinosização" que visam assimilar a cultura e identidade tibetanas à cultura Han chinesa. Isso inclui um controle rigoroso sobre a educação, onde o ensino da língua e história tibetanas é limitado, especialmente em internatos para crianças, e o uso de termos oficiais como "Xizang" em vez de "Tibete" em contextos internacionais.

  2. Questão dos Direitos Humanos: Organizações internacionais e a ONU frequentemente denunciam violações de direitos humanos no Tibete. Relatos apontam para restrições à liberdade religiosa, prisões arbitrárias, maus-tratos sob custódia (incluindo tortura) e programas de trabalho forçado. A liberdade de imprensa é severamente limitada, tornando difícil a verificação independente de informações. Em 2023, relatores da ONU expressaram preocupação com a assimilação cultural forçada de quase um milhão de crianças tibetanas em internatos.

  3. Governo no Exílio e Dalai Lama: O governo tibetano no exílio, liderado pelo 14º Dalai Lama, Tenzin Gyatso, continua a operar a partir da Índia, buscando autonomia ou independência para o Tibete. O Dalai Lama continua sendo um símbolo espiritual e político global para os tibetanos, e suas declarações, como a recente afirmação de que seu sucessor nascerá fora da China, geram reações por parte de Pequim.

  4. Economia e Infraestrutura: A China investe em infraestrutura na região, alegando que isso melhora a qualidade de vida dos tibetanos e o desenvolvimento econômico. O turismo, principalmente de chineses, tem crescido. No entanto, críticos argumentam que esses investimentos servem mais aos interesses estratégicos de Pequim (como parte da "Nova Rota da Seda" e acesso a recursos naturais) do que ao verdadeiro benefício da população tibetana, que ainda enfrenta desafios econômicos e de desenvolvimento em algumas áreas.

  5. Eventos Recentes:

    • O Tibete tem sido atingido por terremotos, com relatos de vítimas e danos.
    • Visitas de delegações estrangeiras, como de deputados dos EUA ao Dalai Lama, têm provocado forte reação da China, que as considera interferência em seus assuntos internos.
    • Novas leis e posicionamentos internacionais sobre o Tibete continuam a ser um ponto de tensão entre a China e alguns países ocidentais.

Em resumo, a situação no Tibete hoje é marcada por uma tensão contínua entre o controle político e cultural exercido pela China e a busca por autonomia e preservação da identidade tibetana, com a questão dos direitos humanos no centro das preocupações internacionais.

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