O que é o budismo?

Ao contrário do pensamento comum, o budismo não é uma religião, pois não existe um deus criador, porém também não será correcto denominá-la como uma filosofia, pois aborda muito mais do que uma mera absorção intelectual. O Budismo não tem uma definição, tendo aquela que qualquer praticante lhe queira atribuir, contudo poderemos denominá-la de caminho de crescimento de espiritual, através dos ensinamentos dos Buddhas.
Todos os seres sencientes têm o mesmo desejo primordial - seres felizes e livrarem-se do sofrimento. Até mesmo recém-nascidos, animais, e insectos têm esse desejo. É o nosso desejo desde tempos sem inicio e está presente em nós todo o tempo, mesmo quando estamos a dormir. Nós desperdiçamos todo o trabalho da nossa vida para realizar este desejo.
Cada vez mais os seres humanos gastam tempo e energia desenvolvendo condições externas na sua busca pela felicidade e pela resolução dos seus problemas. Qual foi o resultado? Em vez de ver-mos os nosso desejos satisfeitos, o sofrimento dos seres humanos cresce a cada dia que passa, ao contrário da felicidade e da paz, que a cada dia que passa diminui. Isto mostra-nos claramente que precisamos de encontrar um método válido para realizar pura felicidade e liberdade do sofrimento.
Todos os nossos problemas e todos os nossos sofrimentos, são criados por mentes descontroladas e acções não-virtuosas. Através da prática do Dharma nós podemos aprender a pacificar e controlar estes estados mentais. Para isto Buddha deu 84.000 ensinamentos, cada um referente a uma doença mental. Ensinando que a nossa vida humana é extremamente preciosa e rápida para nos preocupar-mos com actividades fúteis e malvadas. Para contrapor tais actividades devemos desenvolver paz, calma e sabedoria, para nos abstrairmos dos três venenos (ignorância, auto-apego, e raiva), de modo a eliminar o nosso mau karma, sairmos de samsara, e atingir felicidade permanente, e a verdadeira cessação de todos os nossos sofrimentos.
Existem vários tipos de Budismo, consoante a aspiração de cada pessoa. Existem três tipos principais de Budismo, o Hinayana, o Mahayana, e o Vajrayana.
No Hinayana, ou pequeno veículo, o praticante tem como motivação e objectivo a iluminação para bem próprio. Tentando cessar o seu sofrimento pessoal. O culminar deste caminho será a cessação de samsara e a obtenção do estado de Arhat.
No Mahayana, ou Grande Veículo, o praticante tem como motivação e objectivo a iluminação para o bem de todos os seres. A motivação do Mahayana é a compaixão universal, pela qual se tenta atingir a cessação do sofrimento pessoal como o Hinayana, mas com uma outra intenção última, que todos os seres também se possam livrar de todos os sofrimentos. Compreendendo que somente quando se atinge o estado de Buddha se pode beneficiar todos os seres. É também importante referir que só com bodhichitta, este desejo de libertar todos os seres do sofrimento, se poderá atingir o estado de Buddha.
No Vajrayana, ou Veículo Diamante, o praticante tem a mesma motivação, bodhichitta, mas através de receber instruções especiais e secretas, poderá atingir a iluminação de um modo mais rápido.
Existe a alegoria do rio envenenado que nos transmite a diferença entre o caminho Mahayana e o Vajrayana. Imaginemos um rio contaminado por bagas venenosas, algures no seu percurso, o praticante Mahayana espera que o veneno desapareça com o tempo das águas, não bebendo nem deixando os outros beber, o que poderá levar muito tempo, no entanto, o praticante Vajrayana iniciado nas instruções secretas, muitas delas dadas somente de mestre para discípulo oralmente, também denominadas, verdades sussurradas ao ouvido, iria pelo rio em busca das bagas venenosas, para as retirar directamente do rio, e assim todos poderem livremente beber a água o mais rápido possível.

O que é a meditação?

A meditação é um método para familiarizar a nossa mente com objectos virtuosos. Quanto mais familiarizada com virtude, mais calma estará a nossa mente. Com uma mente calma estaremos livres de insatisfação e experimentaremos felicidade verdadeira. Se a nossa mente estiver serena, então, mesmo que tenhamos as melhores condições externas, não estaremos livres felizes. Ao contrário, se treinarmos a nossa mente para que ela se torne serena, seremos felizes todo o tempo., mesmo nas situações mais adversas. Por esta razão é importante treinar a nossa mente por meio da meditação.
Existem dois tipos de meditação: analítica e posicionada. A meditação analítica consiste em contemplar o significado de uma instrução de Dharma que ouvimos ou lê-mos. Analisamos o objecto utilizando linhas de raciocínio que ouvimos ou lê-mos, assim como as nossas próprias experiências sobre o tema. Ao contemplar profundamente, chegaremos a uma conclusão, ou geraremos um estado mental específico. Este será o objecto da meditação posicionada. Tendo encontrado o nosso objecto através da meditação analítica, nós, então, concentramo-nos nele unifocadamente pelo maior tempo possível, para nos familiarizar profundamente com ele. Esta concentração unifocada é a meditação posicionada, enquanto que a analítica é chamada simplesmente de 'comtemplação'. A meditação posicionada depende da contemplação, e a contemplação depende de escutar ou ler os ensinamentos de Dharma.

Porquê meditar?
Se examinarmos as nossas vidas, iremos, provavelmente, descobrir que a maior parte do nosso tempo e energia são orientados para a conquista de metas mundanas, tais como buscar segurança material e emocional, desfrutar dos prazeres dos sentidos, ter boa reputação, etc. Embora tais coisas possam trazer alguma satisfação temporária, elas são incapazes de prover a felicidade profunda e duradoura que tanto almejamos. Mais cedo ou mais tarde essa felicidade converte-se em insatisfação e surpreendemo-nos novamente envolvidos na procura de mais prazeres mundanos.
Mas, se a satisfação verdadeira não pode ser encontrada nos prazeres mundanos, onde poderemos encontrá-la? A felicidade é um estado mental, logo, a verdadeira fonte de felicidade não reside em condições exteriores, mas sim na mente. Se tivermos uma mente pura e serena, estaremos felizes, independentemente das nossas circunstâncias externas. Ao contrário, se tivermos uma mente perturbada, nunca encontraremos felicidade, por mais que tentemos mudar as nossas condições externas.
O objectivo da meditação é cultivar os estados mentais que são conducentes à paz e à felicidade, e erradicar os que trazem confusão e sofrimento. Apenas os seres humanos podem trazer isto. Os animais podem desfrutar comida e sexo, encontrar abrigos, armazenar provisões, subjugar os seus inimigos e proteger as suas famílias, mas não podem eliminar o sofrimento, nem conquistar felicidade duradoura. Seria uma causa de profundo arrependimento se usássemos a nossa vida humana preciosa para obter resultados que até os animais podem obter. Porém, podemos evitar tal desperdício e tornar a nossa vida verdadeiramente significativa se treinarmos a nossa mente através de meditação.

Como se medita?
Escolhemos um local sossegado, e então assumimos a seguinte postura:
A postura em sete pontos
\ A utilidade desta postura é extensamente explicada nos textos sobre os diferentes yogas. Mas sucintamente, o objectivo é permitir aos elementos subtis nos diferentes centros do corpo que recuperem o seu equilíbrio.
\ As pernas estão na posição de lótus ou de vajra (cruzadas uma sobre a outra) ou na posição dita do bodhisattva (cruzadas uma à frente de outra).
\ A coluna vertebral é mantida direita como uma flecha.
\ Os ombros estão puxados para trás, «como as asas dum abutre».
\ As palmas das mãos estão postas sobre os joelhos; ou ainda, a mão direita repousa dentro da mão esquerda ao nível do umbigo, as palmas das mãos viradas para cima com a extremidade dos polegares em contacto;
\ A língua, nem enrolada nem crispada, repousa confortavelmente contra o palato;
\ Os olhos podem estar abertos ou fechados. No caso presente, deixamo-los numa posição perfeitamente natural, nem fechados, nem encarquilhados;
\ A cabeça não deve pender nem para trás nem para a frente: o pescoço deve estar direito e o queixo ligeiramente para dentro, de forma a manter a coluna direita.

Então, concentramo-nos unifocadamente no acto de inalar e exalar, é muito importante a concentração na respiração pois traz calma, e paz. (poderá encontrar um texto mais aprofundado sobre a meditação na respiração, na secção de textos). Existem muitas meditações diferentes contudo todas elas começam com a meditação na respiração, de modo a acalmar a nossa mente para uma contemplação mais profunda
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Linhagem Sakya. :-)

Em 1073, o lama tibetano Könchog Gyelpo (sânsc. dKon mchog rGyal po) fundou o monastério Sakya, numa região do Tibete conhecida pela sua Terra de cor Cinza (tib. Sakya / Sa skya). O mosteiro, então, tornou-se centro da escola homónima Sakya(-pa), com patronagem da tradicional família Khön, antes associada à escola Nyingma. Könchog recebeu do tibetano Drogmi (tib. 'Brog mi, 992-1102) os ensinamentos da linhagem de um mestre tântrico indiano chamado Virupa.
[Virupa] era originalmente um grande estudioso, um pandita, mas depois se tornou um praticante tântrico. Por anos e anos, ele aplicou o método de transformação de Hevajra e, em particular, a recitação do mantra de Damema [sânsc. Nairatmya, tib. bDag med ma], a consorte de Hevajra. A história diz que, certo dia, enquanto ele estava num estado contemplativo de total claridade, ele subitamente se levantou e jogou o seu mala [rosário], que ele geralmente segurava para contar os mantras, na latrina. Então, ele voltou à sala, jogou no chão as oferendas de mandala que ele havia preparado para a prática e foi embora, sem nunca mais voltar. Virupa tinha alcançado a iluminação, mas todos pensaram que ele tinha ficado louco.
(Chögyal Namkhai Norbu, Dzogchen)
Virupa tornou-se um mestre siddha [um adepto tântrico] e tinha controlo sobre a vida e a morte. Ele podia criar aparências à vontade e as limitações das pessoas comuns não se aplicavam a ele. (...) Durante as suas viagens, ele continuou a impressionar as pessoas com mostras surpreendentes do seu poder yógico, e viajou por toda a Índia usando as suas habilidades para converter os seres sencientes ao budismo. Diz-se que ele viveu 700 anos, durante os quais ele fez incontáveis actos de poder e finalmente atingiu a libertação completa e subiu ao paraíso das dakinis.
(John Powers, Introduction to Tibetan Buddhism)
Drogmi recebeu do mestre indiano Gayadhara os principais ensinamentos de Virupa, chamados de Caminho e Fruto (tib. Lamdre / Lam bras). Estes ensinamentos foram passados para Setön Kunrig, que por sua vez transmitiu-os para Shangtön Chobar.
O Lamdre tem como base os Versos Vajra (sânsc. Vajra Gatha, tib. Dorje Ts'hikang / rDo rje Tshig rkang) de Virupa e o Hevajra Tantra (tib. Kyedorje Gyü / Kye rdo rje rgyud).
No Lamdre, afirma-se que a mente possui três características principais:
\ A mente é luz clara;
\ A mente é vazia;
\ A mente é a união inseparável da luz clara e do vazio.
Neste sistema, o caminho inclui a causa pois, nele, purificam-se as negatividades que impedem a realização da iluminação. O caminho também inclui o resultado, pois este é um aspecto transformado da causa. (...) Um princípio importante dos ensinamentos Lamdre é a similaridade dos aspectos da aparência tríplice (ou visão tríplice, sânsc. tryavabhasa, tib. nangsum / snang gsum) e do continuum tríplice (sânsc. tritantra, tib. gyüsum / rgyud gsum). A aparência tríplice consiste de: 1. a aparência do fenômeno como sendo impuro; 2. a aparência da existência na meditação; 3. a aparência pura. Os textos Lamdre indicam que estas três são, fundamentalmente, a mesma aparência, e que a única diferença está no modo como são percebidas. O continuum tríplice é constituído pela base (sânsc. adhara, tib. shi / gzhi), caminho (sânsc. marga, tib. lam / lam) e fruto (sânsc. phala, tib. drepu / 'bras bu). Assim como as três partes da aparência tríplice, os constituintes do continuum tríplice, não são diferenciáveis. (...)
Não há diferença real entre a mente de um Buddha, de um principiante no caminho, de um adepto espiritual avançado ou até mesmo de um verme sobre um monte de estrume. A única diferença está nas suas respectivas percepções da realidade. Um Buddha percebe a realidade na maneira em que ela está livre de máculas, enquanto as percepções de outros seres são maculadas por variados graus de aflições mentais. Removendo as aflições adventícias, o Buddha causal — que, previamente, não era reconhecido devido ao obscurecimento adventício — torna-se um Buddha real, que difere do Buddha causal apenas nos termos de percepção da realidade.
(John Powers, Introduction to Tibetan Buddhism)
Sachen Künga Nyingpo (tib. Sa chen Kun dga' sNying po, 1092-1158), sistematizou os ensinamentos da escola após ter uma visão do bodhisattva Manjushri. Sachen era um profundo conhecedor do budismo e desenvolveu um sistema de lojong (treino mental) semelhante ao da escola Kadam.
Seus filhos, Lopön Sönam Tsemo (tib. sLob dpon bSod nams rTse mo, 1141-1182) e Jetsün Dragpa Gyeltsen (tib. rJe btsun Grags pa rGyal mtshan, 1147-1216), continuaram a tradição do pai. Sönam sistematizou os ensinamentos tântricos e Dragpa escreveu sobre a história do budismo no Tibete e sobre medicina, além de ter sido um grande meditador.
Künga Gyeltsen Pel Sangpo (tib. Kun dga' rGyal mtshan dPal bZang po, 1182-1251), mais conhecido como Sakya Pandita, foi um dos lamas mais importantes desta escola. Desde pequeno, Sakya Pandita apresentou um extraordinário conhecimento dos ensinamentos budistas, tornando-se mestre em todos os campos de conhecimento e vencendo diversos debates filosóficos. Godan Khan, neto de Gengis Khan, convidou-o a visitar a Mongólia e Sakya Pandita tornou-se rei do Tibete unificado em 1261.
Actualmente, a escola Sakya é subdividida em duas sub-escolas — Ngorpa e Tarpa — e é vista como a linhagem mais esotérica do budismo tibetano. Seu líder, S.S. Sakya Trizin Ngawang Künga (tib. Sa skya Khri 'dzin Ngag dband Kun dga'), considerado uma emanação do bodhisattva Manjushri, vive no exílio em Dehradun, na Índia.

Linhagem Gelug. :-)

A escola dos Virtuosos (tib. Gelug[-pa] / dGe lugs [pa]) foi fundada pelo monge tibetano Tsongkhapa Losang Dragpa (tib. Tsong kha pa bLo bzang Grags pa, 1357-1419). Tsong Khapa, considerado uma emanação dos bodhisattvas Avalokiteshvara, Manjushri e Vajrapani, reformulou os ensinamentos que recebeu das outras escolas do budismo tibetano, particularmente da escola Kadam.
[Tsongkhapa foi] denominado um erudito, meditador e filósofo; seu trabalho escrito contém uma visão compreensiva da filosofia e prática budistas, integrando o sutra, o tantra, a lógica analítica e a meditação yógica. Ele também foi um dos grandes reformadores religiosos do Tibete, um devoto monge que dedicou sua vida para revitalizar o budismo tibetano e recapturar a essência dos ensinamentos de Buddha.
O começo de sua escola pode ser traçado a partir da fundação do mosteiro Ganden, em 1410. Este mosteiro era destinado a providenciar um centro para sua escola reformada do budismo, na qual os monges deveriam aderir rigorosamente às regras da disciplina monástica (sânsc. vinaya, tib. Dülpa / 'Dul pa), aguçar seus intelectos no debate filosófico e se engajar na prática tântrica de alto nível.
(John Powers, Introduction to Tibetan Buddhism)
A educação monástica de Tsongkhapa começou muito cedo. Na adolescência, ele já se dedicava totalmente à prática e estudo religiosos, viajando pelo Tibete e recebendo ensinamentos de lamas de todas as escolas do budismo tibetano.
Apesar de sua crescente reputação, ele vivia de maneira simples e livre de qualquer ostentação ou arrogância. Ele tinha a habilidade de impressionar as pessoas com a sua aprendizagem e a sua profunda sabedoria, enquanto simultaneamente ajudava a mantê-las tranquilas na sua presença. Ele nunca era rude ou desrespeitoso com seus oponentes de debates, sempre mantinha sua equanimidade e respondia a todas as perguntas com igual respeito.
(John Powers, Introduction to Tibetan Buddhism)
Aos 32 anos, já famoso no Tibete, Tsongkhapa começou a escrever os seus principais trabalhos, como o Rosário Dourado das Boas Explicações (tib. Legshe Serpeng/ Legs bshad gSer pheng). Ele entrou num longo retiro espiritual, que incluiu 3,5 milhões de prostrações completas e 1,8 milhões de oferendas de mandala. As histórias tradicionais dizem que ele alcançou uma realização espiritual tão profunda que vários Buddhas e Bodhisattvas apareciam para ele, inclusive Bhaishajyaguru, Maitreya e Manjushri.
Então, Tsongkhapa escreveu o seu trabalho mais importante, a Grande Exposição dos Estágios do Caminho (tib. Lamrim Chenmo / Lam rim Chen mo), tomando como base o texto Luz sobre o Caminho da Iluminação (sânsc. Bodhipatha pradipa, tib. Jangchub Lamgyi Drönma / Byang chub Lam gyi sGron ma), de autoria do monge indiano Atisha (tib. Jowoje / Jo bo rje, 980/990-1055).
Outra obra importante de Tsongkhapa foi a Grande Exposição do Mantra Secreto (tib. Ngagrim Chenmo/ sNgags rim Chen mo), que se tornou a base da prática tântrica da escola Gelug. O principal ensinamento de Tsongkhapa é chamado Estágios do Caminho (tib. Lamrim / Lam rim), baseado no Lamrim Chenmo e no Ngagrim Chenmo. Os estágios do caminho são sumariados nos Três Aspectos da Principais do Caminho (tib. Lamtso Namsum / Lam gtso rNam gsum):
\ a intenção de deixar a existência cíclica;
\ o objectivo de alcançar a iluminação para o benefício de todos os seres sencientes;
\ a visão correcta da vacuidade.
Os monges Gyeltsab Darma Rinchen (tib. rGyal mtshab Dar ma Rin chen, 1364-1432) e Khedrub Geleg Pel Sangpo (tib. mKhas sgrub dGe legs dPal bZang po, 1385-1438), discípulos de Tsongkhapa, continuaram a difundir os ensinamentos. Outro discípulo de Tsongkhapa, chamado Gendün Drupa (tib. dGe 'dun Grub pa, 1391-1474), acabou se destacando nesta escola.
Sönam Gyatso (tib. bSod nams rGya mtsho, 1543-1588), considerado sua terceira encarnação, recebeu o título de Dalai Lama (tib. e mong. Ta la'i bLa ma), Oceano de Sabedoria, e sua linhagem continua até os dias de hoje, desempenhando a função de lama superior da escola Gelug. O segundo lama superior desta escola é o Panchen Lama (tib. Pan chen bLa ma), o Mestre Precioso.
No século XII, a escola Gelug assumiu o controle político do Tibete, que passou a ser governado pelos Dalai Lamas até a invasão chinesa de 1949. O Dalai Lama actual., Tenzin Gyatso (tib. bsTan 'dzin rGya mtsho, nascido em 1935), lidera o governo no exílio em Dharamsala, no norte da Índia.
A estrutura monástica da escola Gelug é bastante elaborada. Os principais mosteiros e universidades são os seguintes:
Universidades Colégios
Ganden Ganden JangtseGanden Shartse
Sera Sera JeSera Me
Drepung Drepung LoselingDrepung GomangDrepung Deyang
Além destes, deve-se citar o Namgyel (o mosteiro do Dalai Lama) e o Tashilhunpo (o mosteiro do Panchen Lama). Após a invasão chinesa no Tibete, muitos mosteiros foram reduzidos a ruínas. Porém, os principais mosteiros se restabeleçam na Índia, continuando tradição do lama Tsongkhapa.

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